quarta-feira, 14 de agosto de 2019



Desarticulada rede de prostituição em Caucaia


Quatro pessoas foram detidas na operação da Dececa e do Escritório de Combate ao Tráfico de Seres Humanos

Após um ano de investigações decorrentes de denúncia que havia sido feita ao Escritório de Combate ao Tráfico de Seres Humanos (TSH), quatro pessoas foram presas em flagrante na manhã de ontem, na zona rural do Município de Caucaia, acusadas de tráfico de pessoas para fim de exploração sexual.

Segundo a Polícia, os acusados, Cristiane Araújo Moreira, 29; Cássia da Cunha Cantalupo, 32; Dulcineide Caldas Araújo, 40; e Francisco Alexandre Moura Filho, 24, são donos de quatro casas de prostituição e estavam mantendo mulheres com idade que variavam entre 20 a 25 anos, em condições de exploração sexual.

De acordo com Eline Marques, coordenadora do TSH no Estado, ao receber a denúncia ainda no ano passado, foi solicitado a outros órgãos do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) que realizassem uma investigação sobre os suspeitos. Há cerca de um mês, o escritório recebeu um relatório completo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com nomes, fotografias e locais onde as garotas eram mantidas.

Ao ter em mãos todas as informações, o TSH entrou em contato com a delegada Ivana Timbó, titular da Delegacia de Combate aos Crimes de Exploração Contra Criança e o Adolescente (Dececa), para que a investigação passasse para um outro nível. “Ao ser comunicada do caso, solicitei ao juiz da 3ª Vara Criminal de Caucaia mandados de busca e apreensão para os locais indicados na denúncia. Hoje (ontem) pela manhã, fizemos as diligências, fechamos as casas, retiramos todas as garotas e prendemos os proprietários em flagrante”, explicou a delegada. Além do crime de tráfico de seres humanos, os acusados vão responder por outros delitos.

De acordo com Ivana Timbó, eles responderão pelos crimes de manutenção de casa de prostituição e rufianismo (levar proveito da prostituição alheia). A delegada destacou que, apesar de todas as mulheres encontradas nas casas de prostituição serem maiores de idade, algumas estavam naquela situação desde quando ainda eram adolescentes.

“Não encontramos nenhuma adolescente nas casas, mas vamos continuar investigando se existiam menores, que podem ter sido transferidas para outros locais antes da operação policial”, ressaltou. A Polícia investiga também a denúncia de que uma garota ainda adolescente teria ficado grávida em uma das casa ´estouradas´ na operação.

Para Eline Marques, a situação encontrada comprovou tráfico de seres humanos para fins de exploração em todos os locais visitados.

Conforme a coordenadora do TSH, nas casas existiam alojamentos e as garotas relataram que eram transferidas de um município para outro em determinadas épocas. Além disso, ressalta Marques, “as condições em que elas estavam eram totalmente precárias”.

Denúncias

As denúncias sobre tráfico de seres humanos cresceram cerca de 1.066 por cento nos últimos cinco anos, segundo dados do TSH. Somente nos primeiros dias do ano, já são mais de 200 casos relatados, todos estão sendo investigados pelo Escritório.

Fontes: Jornal Diário  do Nordeste e redes sociais 


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